Sediado na Covilhã, em instalações da Universidade da Beira Interior, o Museu de Lanifícios foi instituído pelo Despacho Reitoral Nº12/89, de 20 de Janeiro.
Foi criado com a finalidade de preservar e recuperar a área das tinturarias da Real Fábrica de Panos, uma manufactura de Estado, fundada pelo Marquês de Pombal em 1764 e classificada como Imóvel de Interesse Público (Decreto-lei nº 28/82 de 26 de Fevereiro).
A sua institucionalização teve por objectivos salvaguardar o espólio arqueológico recolhido no âmbito da intervenção arquitectónica realizada para reconverter a Real Fábrica de Panos em instalações universitárias, assim como contribuir para a dinamização cultural da comunidade onde se insere e apoiar pedagogicamente o curso de Engenharia Têxtil da UBI.
O Museu de Lanifícios resultou da aplicação de metodologias de intervenção desenvolvidas no âmbito do património e da arqueologia industrial, após a celebração, em 1986, de um Protocolo de Cooperação entre o ainda Instituto Universitário da Beira Interior, actualmente Universidade da Beira Interior, e a Associação de Arqueologia Industrial da Região de Lisboa. Inaugurado em 1992 e aberto ao público, em regime normalizado, em 1996, apresenta-se como um museu de ciência e tecnologia e, estatutariamente, como um Centro da UBI.
Assume-se como um museu polinucleado, integrando os seguintes núcleos museológicos:
O Museu de Lanifícios que, desde 2002, está integrado na Rede Portuguesa de Museus, enquanto equipamento cultural activo visa salvaguardar, conservar, investigar e divulgar o património que tem à sua guarda e ainda contribuir para a criação de uma rede de informação têxtil a nível europeu.
É de salientar que o Museu de Lanifícios foi distinguido com diversos prémios, de que salientam os seguintes:
1995 - Foi atribuído o Prémio Ciência Viva ao filme (versão VHS) Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior, no âmbito do 1º Festival Internacional do Filme Científico;
2000 - O Sítio do Museu foi reconhecido pela UNESCO e integrado no CD-R Millenium Guide to Cultural Resources on the WEB, que acompanhou a publicação World Culture Report 2000, editada pela UNESCO;
2002 - A Associação Portuguesa de Museologia, APOM, atribuiu, por unanimidade, ao Museu de Lanifícios o Prémio de O Melhor Museu Português para o triénio 1999-2001;
2003 - A Gazeta do Interior atribuiu-lhe o Troféu Gazeta 2002 na área da Cultura;
2021 - A Associação Portuguesa de Museologia, APOM, distinguiu o Museu de Lanifícios com uma Menção Honrosa na categoria «Comunicação Online» nos Prémios APOM 2021.Em 17 de Maio de 2011 foi inaugurado do Núcleo da Real Fábrica Veiga / Centro de Interpretação dos Lanifícios.
Ao longo do seu percurso, o Museu de Lanifícios tem sido ainda referenciado em diversas publicações nacionais e internacionais, sendo seleccionado como estudo de caso em diversas teses de mestrado e de doutoramento.