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Marquês de Pombal

Sebastião José de Carvalho e Melo (1699-1782), Conde de Oeiras e Marquês de Pombal, foi Primeiro-Ministro de D. José I, sendo considerado ainda hoje uma das figuras mais carismáticas e controversas da História Portuguesa.

Foi um notável estadista que marcou o séc. XVIII e o absolutismo régio, através de uma política de concentração de poder, com o objectivo de restabelecer a economia nacional e resistir à forte dependência desta relativamente à Inglaterra.

Uma série de maus anos agrícolas e o terramoto de 1755 em Lisboa propiciaram a sua crescente afirmação pessoal. Na ausência de modelos inovadores, retomou a política manufactureira de Colbert, anteriormente posta em prática em Portugal no séc. XVII pelo Conde de Ericeira, com o objectivo de garantir a independência nacional e como suporte económico para a guerra e expansão. O Marquês de Pombal assumiu um projecto de desenvolvimento nacional de base manufactureira que individualizou a Covilhã uma vez mais, através da criação da Real Fábrica de Panos.

Este projecto concretizou-se através do aumento da intervenção do Estado no controle do seu desenvolvimento e iniciou-se pelas fábricas de lanifícios, de que a Real Fábrica foi pioneira. Foi neste contexto que se integraram vários estudos realizados pela Junta do Comércio, assim como os "Inquéritos Industriais Pombalinos" com o objectivo de avaliar a situação da indústria, de preconizar o tipo de intervenção a ser efectuada e de criar um imposto ad valorem, constituído pelo Donativo ou Cofre dos 4% sobre as importações e destinado à reconstrução de Lisboa em resultado do terramoto que a cidade sofrera, mas também a ser aplicado no financiamento da política de fomento manufactureiro.

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